sábado, 14 de setembro de 2013

[Resenha] Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas (Raphael Draccon)

Título: Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas.
Autor: Raphael Draccon.
Editora: Leya.
Número de páginas: 440.

"Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas.

Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer... Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real.
E mudará o mundo. "

Já fazia vários meses que havia comprado os três livros de Os Dragões de Éter e que eles estavam lá, na minha estante, pedindo para serem lidos a cada vez eu eu olhava para eles. Resolvi então pegar o primeiro e foi então que me surpreendi.

A história gira em torno de um universo onde o mundo é regido por avatares de um Semi-deus Criador (não, não são aqueles semideuses de Percy Jackson). Esses avatares recebem o nome de fadas, criaturas puras que se manifestam em nossa realidade para testar ou observar algumas pessoas. Quando um avatar (ou fada) acaba por se rebelar contra a Criação, ela se torna um ser corrompido, as bruxas.

Anos antes da história em si começar, houve a Caçada, onde o Rei (com "R" maiúsculo) Primo Branford decretou que todas as bruxas deveriam ser caçadas e mortas. E 20 anos depois, esse reinado de paz pós Caçada é abalado por eventos um tanto quanto estranhos: uma garota vê a morte em sua frente, dois garotos são quase mortos e um perigo já esquecido retorna.

Draccon nos recebe com uma narrativa um tanto quanto diferente, a impressão é de que alguém está contando uma história para você, semelhante a uma mãe contando história para uma criança antes de dormir. Inicialmente a história brilha em seus momentos de criação de conceitos e no aprofundamento de personagens que conhecíamos tão vagamente.

E então subitamente ela cai. Pelo menos para mim. Diálogos maçantes, passagens forçadas, tudo é jogado contra nós em momentos um tanto quanto artificiais onde o "mimimi" reina. Por horas eu tentava progredir na leitura, porém a história apenas regredia. E então, quando menos se espera, BUM! O ritmo acelera (confesso que isso aconteceu só lá para o meio do livro) e a história anda. Na verdade ela corre, até. 

Apesar das baixas, o livro se mostrou por fim uma história brilhante. Salvo alguns momentos um tanto quanto sem noção, a ela se mostrou bastante original, inovando em questões de estética e mitologia. Por fim, recomendo o livro, mas peço um pouco de paciência no início e quanto a falta de "reviravoltas" mirabolantes que sempre deixam uma história com um "quê" a mais.

Por conta de alguns momentos que me irritaram bastante e pela história que se mostra inicialmente maçante, o livro levará apenas 3 bowties, porém afirmo que estou bastante ansioso para poder ler a continuação da série.



E então, você também já leu o livro? Gostou ou não? Mostre-nos a sua opinião nos comentários! Vai lá!

Abraços e Allons-y!

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