quinta-feira, 3 de abril de 2014

[Resenha - Agente do Tempo] Dias de Sangue e Estrelas (Laini Taylor)


Antes de começar o post da resenha, eu gostaria de explicar o que é aquele "Agente do Tempo" do título. Então, assim que voltei com o blog, fiz um post comunicando que eventualmente teríamos um Agente do Tempo trazendo uma resenha para nós. Esta pessoa é um amigo ou conhecido que se dispõe a fazer uma resenha para ser publicada aqui no Tide of Books. E o nosso mais que especial convidado da vez é Will Costa, que traz a continuação de Feita de Fumaça e Osso. Sem mais delongas, eis a resenha:

Título: Days of Blood and Starlight
Autora: Laini Taylor
Qtde. de Páginas: 448
Editora: Intrínseca
Karou, uma estudante de artes plásticas e aprendiz de um monstro, por fim encontrou as respostas que sempre buscou. Agora ela sabe quem é - e o que é. Mas, com isso, também descobriu algo que, se fosse possível, ela faria de tudo para mudar: tempos atrás Karou se apaixonou pelo inimigo, que a traiu, e por sua culpa o mundo inteiro foi punido. Na deslumbrante sequência de Feita de fumaça e osso, ela terá que decidir até onde está disposta a ir para vingar seu povo. Dias de sangue e estrelas mostra Karou e Akiva em lados opostos de uma guerra ancestral. Enquanto os quimeras, com a ajuda da garota de cabelo azul, criam um exército de monstros em uma terra distante e desértica, Akiva trava outro tipo de batalha: uma batalha por redenção... por esperança. Mas restará alguma esperança no mundo destruído pelos dois?
Ao lermos um livro subsequente ao primeiro de uma sequência, temos medo de que o(a) autor(a) não conseguirá nos surpreender, impactar ou prender como fez no primeiro. Esse anseio de que nossas expectativas não serão correspondidas fica ali, insistente, até que criamos coragem para realmente começar a ler o livro. Dar a ele sua chance. Precisamos deixar para lá as opiniões alheias e as nossas próprias, estas que muitas vezes são formadas só de olharmos para a capa de um livro (e, olha, se eu não tivesse passado por cima desse preconceito de julgar o livro pela capa, eu teria perdido muitos livros que vim a amar!).

Dar uma chance para a sequência de Feita de Fumaça e Osso foi, com toda a certeza, um acerto em cheio. A começar por este quote:

"Era uma vez um anjo e um demônio que se apaixonaram e ousaram imaginar um mundo sem massacres nem guerras.
Algo que este mundo jamais seria."

Dias de Sangue e Estrelas começa pouco depois dos acontecimentos de seu predecessor. Karou, agora, sabe que nem sempre foi uma humana - sua alma fora reciclada de seu antigo corpo e posto nesse novo, para que ela pudesse viver sem que figuras de seu passado triste novamente a assombrassem. 

Quando atravessou a porta proibida e viu-se num outro mundo (Eretz), reencontrou o Lobo Branco e pôs o esforço de anos de Brimstone no lixo. Agora tem suas respostas, sim, mas ela talvez não estivesse preparada para as consequências de sabê-las.

Após sua família ser executada e a capital dos quimeras destruída, ela imagina que tudo seja culpa dela. Karou não pode deixar de odiar Akiva, o serafim que uma vez amou, com quem sonhou uma nova Eretz, e que foi o responsável pela destruição de sua antiga vida.

Como forma de tentar pagar pelos seus erros, ela começa a ajudar o homem que ordenou sua execução anos atrás, pois vê nele a única forma de reerguer seu povo.

Falar mais que isso traria spoilers, então não irei fazê-lo.

Dias de Sangue e Estrelas superou todas as minhas expectativas. O livro é narrado de uma forma fluida e gostosa de se ler, e você se pega tendo vontade de devorá-lo o quanto antes - a autora, Laini Taylor, continua a nos prender à sua tão bem tramada história com reviravoltas e novas informações surpreendentes acerca do passado e do presente.

Do começo ao meio do livro temos um período um pouco mais morno, mas não menos importante, pois ele cria os alicerces necessários para toda a emoção que vem nos capítulos seguintes. Novamente em lados opostos, Karou e Akiva são, agora, inimigos. Seus sentimentos hão de ficar em segundo plano.

É impossível não criar e fortalecer os laços com os personagens do livro. As emoções são quase palpáveis, e são muitas. De raiva, de alegria, de tristeza. Laini Taylor tem a incrível capacidade de não só criar uma história inovadora e bem construída, mas também de dar emoção a toda e qualquer palavra que usa. Eu sei que já repeti "emoção" aqui diversas vezes, mas é necessário, juro. O livro é muito bom, e não poderia ganhar menos que nota máxima (5 bowties).


E você? Já leu? Gostou? Pretende ler? Não esqueça de deixar o seu comentário! Abraços! :D
Meu muito obrigado ao Will. sZ

PS: Eu também já li o livro e eu concordo com toda a resenha, até com a nota.
PS¹: Se você possuir interesse de ser um Agente do Tempo, deixe uma rede social nos comentários que estarei entrando em contato.

domingo, 16 de março de 2014

[Resenha] Príncipe da Noite, Sete Mulheres e Meia (Germano Pereira)


Título: Príncipe da Noite, Sete Mulheres e Meia
Autor: Germano Pereira
Qtde. de Páginas: 368
Editora: Novo Conceito
Toda manhã, o psicanalista Gabriel se surpreende ao acordar: sempre encontra uma mulher diferente dormindo ao seu lado. Ele nunca se lembra do seu nome, nem da maneira como a conheceu. A única coisa que resta de suas aventuras noturnas é um lapso de memória. Mas esta noite tudo se repetirá: quando cruzar com uma bela mulher, na noite seguinte, perderá o controle de quem é, porque o seu outro “eu” é capaz de tudo para satisfazer seus desejos mais primitivos. Mantendo esse segredo somente para si, Gabriel leva uma vida aparentemente normal na grande Londres, ouvindo diariamente os problemas de seus pacientes, enquanto tenta fugir das loucuras de sua ex-namorada. Mas nada é verdadeiramente normal para um homem que pode ser controlado pelo Príncipe da Noite...

Primeiramente, bom dia/tarde/noite. Sim, estou a trazer mais uma resenha para vocês! Yaaaay! Bom, antes de iniciar a resenha, vou falar um pouco sobre como consegui esse livro. A Miriam Pires, representante do Clube do Livro de Goiânia, conseguiu uma parceria do CLG com a Editora Novo Conceito para os blogueiros literários da nossa cidade. Então a Editora passa o livro pra ela e ela nos repassa, dando um prazo para leitura e resenha. Então... Desde já digo que, se alguém se interessar pelo livro, pode pegar comigo – emprestado – no Clube do Livro (então deixe um comentário com a solicitação, que no encontro desse mês já levo). Sem mais delongas, vamos à resenha.

O Príncipe da Noite é uma história diferente de todas as que eu já li. É um thriller psicológico narrado em primeira pessoa. Gabriel, o narrador personagem, é um psicanalista que sofre de transtorno de dupla personalidade (eis a ironia) e este outro lado de Gabriel é o Príncipe da Noite, aquele que se entrega à Vontade (o conceito se encontra ainda no início do livro).

Como narra a sinopse, Gabriel acorda ao lado de mulheres estranhas. Às vezes ele lembra algumas coisas, às vezes nada. E isso é um grande problema pra Gabriel, porque o Príncipe estraga todas as chances que o Gabriel tem de algum dia ter um relacionamento sólido com alguém. E se isso não bastasse, Gabriel tem que lidar com as crises e mágoas das mulheres que são abandonadas e rejeitadas pelo Príncipe – porque, sim, o governante da Vontade usa as mulheres e a parte ruim fica para o psicanalista.

Mas a dupla personalidade de Gabriel não é seu único problema. No passado, enquanto ele ainda morava no Brasil (sim, ele é um brasileiro, mas mora em Londres há muitos anos) houve alguns acontecimentos marcantes que mudaram a história do jovem moço e foi o que o levou a ir morar em Londres. E esse passado começa a voltar à tona. (Não posso falar mais porque: spoiler)

Daí então começa vários mistérios. Por exemplo, começam a aparecer alguns pares de sapatos femininos na casa de Gabriel. Às vezes ele vê os sapatos e na hora seguinte eles desapareceram. (Abro esse parêntese pra dizer que não falarei sobre o subtítulo do livro, porque pode ser spoiler)

Um fato interessante é que no início do livro, Gabriel nunca se lembra do que o Príncipe faz. Mas ao decorrer do livro, o Príncipe permite que Gabe (apelido que eu dei, não tem no livro) presencie alguns acontecimentos, mas sem ter controle das ações. Também é notório que no início apenas Gabe narra o livro, mas depois vai alternando; ora Gabriel narra o livro, ora o Príncipe narra (confesso que gosto mais dessas partes). E é então que o leitor tem que se mostrar bem atento, porque às vezes os pensamentos deles são misturados e não há coisa alguma que identifique quem é que está no controle (falo na parte física do texto, não há alteração de font ou outra coisa).

Sobre os personagens, acredito que foram bem construídos. Todos têm sua própria forma de pensar e, assim como o Gabriel e o Príncipe, têm uns pensamentos muito filosóficos. Ah, sim, esse foi um dos pontos mais positivos que encontrei no livro: pensamentos. Alguns personagens conseguem transmitir lindos e insanos pensamentos através das palavras. Óh, sim, Chloé (minha personagem favorita) que o diga.

Enfim... Germano Pereira está de parabéns por ter escrito essa obra tão incrível. Confesso que no início não gostei muito porque eu estava esperando uma dupla personalidade a.k.a Jessica de Heroes, mas depois me entreguei à história e comecei a gostar de cada página lida. O final do livro não tem conclusão, apesar de ter um “FIM” escrito na última página, acredito que seja um “fim desse volume” porque o livro exige uma continuação.

Escolhi esse livro por causa do título e da capa, então Novo Conceito está de parabéns pela ilustração chamativa – ilustração essa que tem a ver com a história apresentada no livro. As páginas são amareladas (como todos nós leitores amamos), a font é boa pra leitura e há uma arte no início dos capítulos.

Para concluir, digo que recomendo o livro. A leitura flui com facilidade, os personagens são incríveis, o mistério faz com que o leitor deseje ler para descobrir logo o que vai acontecer, os pensamentos filosóficos geram reflexão e, claro, o Príncipe da Noite consegue fazer com que você queira descobrir quais serão seus próximos feitos. Mais uma vez, digo que Germano Pereira está de parabéns, por ter feito uma obra tão fascinante.

Para relembrar, quem quiser o livro é só deixar um comentário nesse post dizendo ter interesse que no Clube do Livro desse mês já levo (só vale para os moradores de Goiânia). Agradeço à Miriam e à Editora Novo Conceito por terem me proporcionado essa leitura.

Sem mais delongas, eis a avaliação: Príncipe da Noite, de Germano Pereira, De 0 a 5, leva 4 bowties (não foi 5 porque eu pensei que fosse um livro único e, se de fato for, não teve conclusão). 

E você? Leu? Pretende ler? Gostou? Deixe seu comentário contando sua experiência ou expectativas ao ler o livro! Abraços. :D

PS: Não coloquei quotes porque tem muitas interessantes e os textos que eu mais gostei - feitos por Chloé - são grandes demais. Mas, se você possuir o livro, o início do texto se encontra na página 220 e vai até a página 223, depois tem uma longa pausa e recomeça na página 302 e vai até a 303.

sexta-feira, 14 de março de 2014

[Resenha] O Hobbit - J. R. R. Tolkien

Título: The Hobbit, or There and Back Again.
Autor: John Ronald Ruel Tolkien.
Número de páginas: 296.
Editora: WMF Martins Fontes.
Onde comprar: Fnac || Americanas

"Inesperadamente, Bilbo Bolseiro, um hobbit de vida confortável e tranquila no Condado recebe a visita de 13 anões e Gandalf que o arrastam em uma jornada através das montanhas e das terras ermas enfrentando trolls, orcs, wargs, elfos para o resgate de um tesouro muito bem guardado por Smaug, o dragão. Bilbo se vê em diversas confusões e encontra algo que mudaria não só sua vida como de toda Terra-Média."


Eu já queria ler O Hobbit há anos, principalmente por querer ler Senhor dos Anéis há anos. Com o lançamento de The Hobbit - Desolation of Smaug próximo (creio que quando essa resenha sair o filme já estará em exibição nos cinemas) e tendo assistido o trailer nos cinemas (aquele trecho em que Bilbo está face a face com Smaug é simplesmente incrível), meu ânimo para o livro aumentou e acabei lendo-o.

O Hobbit conta a história de Bilbo Bolseiro, um pequeno hobbit (afinal, o que é um hobbit? Hehehe) que vivia calmamente em sua toca na Colina. Vivia. Tudo muda quando Gandalf, um mago, aparece na toca do pequeno hobbit convidando-o para uma aventura. Por serem seres que repudiam e evitam ao máximo aventuras, Bilbo desconsidera o convite. No outro dia aparecem então 13 anões na toca de Bilbo, juntamente com Gandalf, que aparece depois, explicando a finalidade da aventura: irem até a Montanha Solitária onde vive Smaug, O Terrível reconquistarem todas as riquezas roubadas pelo dragão.

Passando por diversas aventuras e perigos durante a longa viagem até a Montanha Solitária, em um momento Bilbo acaba encontrando o Gollum, sendo um dos melhores - e mais engraçados - momentos de todo o livro, com direito até a charadas rimadas (rimou!). Tendo os Trolls como principais vilões (confesso que li o livro esperando que as criaturas de Tolkien fosse basante fantasiosas; pelo contrário, elas se aproximam muito da aparência/físicos humanos, mudando apenas por uma ou outra característica física), Bilbo, Thorin Escudo de Carvalho e sua compania e Gandalf passam por diversas aventuras.

Confesso que me decepcionei bastante com o papel de Smaug no livro, eu esperava que grande parte do livro girasse em torno dele (afinal, ele é o grande inimigo da história, ele que detém o tesouro dos anões) mas seu papel não passa de poucas páginas no final. Apesar disse, Bilbo e seus amigos passam por muitas outras aventuras que eu não esperava, além do ápice do livro no final. Por fim, O Hobbit leva quatro bowties, justamente pelo motivo citado mais acima.



E você? Concorda ou discorda da resenha? Deixe sua opinião nos comentários! Abraços e até depois! :P

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

[Resenha] Todo Dia (David Levithan)


Título: Everyday
Autor: David Levithan
Qtde. de Páginas: 280
Editora: Galera
A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrar a cada 24 horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor.


Quando li o título do livro, vi a capa e o nome do autor, já o peguei na prateleira e levei ao caixa. Sim, Todo Dia, do David Levithan, causou isso em mim. Conheci o autor por meio do livro Will&Will e, como gostei muito, então resolvi que leria todos os livros que fossem lançados no Brasil. Agora, deixando a enrolação de lado, vamos à resenha.
                                             
Todo Dia narra a história de A, um ser que todo dia, ao acordar, se encontra em um corpo diferente. E A é assim desde que se lembra, nem mesmo sabe o motivo que leva isso a acontecer. A é como se fosse um inquilino em um corpo, por apenas um dia. Quando A sai do corpo da pessoa, ela se lembra apenas do roteiro que A planeja – quer dizer, a maioria é assim.

Estou repetindo muito “A” porque a personagem (e aqui não estou dizendo que é “ela”, mas usei o “a” porque o artigo definido para “personagem” é feminino) não tem um sexo definido. É uma pessoa que é como ela acorda no dia. Homem, mulher, gordo, magro, negro, branco, asiático, índio, gay, lésbica, bissexual, travesti, ateu, mulçumano, cristão, doente mental, suicida... Enfim, é diferente tanto no gênero quanto na personalidade. A tem a habilidade de “acessar” a mente do(a) hospedeiro(a) para ter informações sobre a vida dele(a). Um fato interessante é que A só acorda no corpo de uma pessoa que está na mesma faixa etária que a sua e é assim desde quando era bebê.

Então, a vida da personagem é diferente por causa desse fenômeno, mas por já acontecer isso há anos, é uma rotina para A. E o que muda tudo é que, certo dia, A se encontra com uma garota e se apaixona por ela. É aí que o livro começar a ficar mais interessante. A tem uns pensamentos de não se meter na vida pessoal da pessoa em que está habitando e não fazer coisa alguma que vá prejudicar a vida da mesma, mas isso começa a mudar quando ele encontra Rhiannon (e A a conhece porque desperta no corpo do namorado da moça, Justin).

Enfim... A acaba conquistando Rhiannon e explicando pra ela a situação em que vive. Daí pra frente, começa a tensão. A, às vezes, acorda no corpo de uma pessoa em uma cidade vizinha da de Rhiannon a algumas horas distantes. Eles começam a planejar encontros e a realizá-los. Às vezes A está no corpo de uma menina, o que a princípio gera desconforto em Rhiannon, mas logo ela começa a aprender a amar quem A é e não o que ele aparenta ser (o que, a meu ver, é uma das mensagens que o autor quis passar ao escrever o livro). Eles encontram certas dificuldades para manter o relacionamento.

No meio dessa história amorosa, há outras coisas acontecendo. Como um garoto que foi hospedeiro de A que afirma ter sido possesso pelo demônio e coisas do tipo. Esse garoto desencadeia uma serie de acontecimentos que possibilita o encontro de A com um ser semelhante a ele.

Aí não vou mais contar sobre a história pra não dar spoiler (o que falei da história acima, basicamente está na sinopse do livro).

Todo Dia, para mim, é um daqueles livros que desfaz e refaz os seus conceitos/pensamentos/crenças. Acredito que a mensagem que Levithan quis passar é que não importa o quê você é, e, sim, QUEM você é. Suas características físicas perdem importância quando comparadas às suas características sentimentais e ao seu caráter. A e Rhiannon me ensinaram que devemos amar não o que a pessoa é ou o que ela pode oferecer, mas devemos amar e aceitar quem elas são.

Independente de raça, religião, classe social, orientação sexual, estatura física... Independente de tudo isso, somos pessoas. E, como toda pessoa, temos amor dentro de nós – que deve ser compartilhado e distribuído.

Algumas pessoas dizem que Levithan poderia ter aprofundado mais na natureza de A, deveria ter explicado o porquê de acordar todo dia em um corpo diferente ou que o livro deveria ter continuação. Mas acredito que isso não é preciso, porque A é assim, sempre foi assim e sempre será assim. Porque a mensagem que o autor quer passar é bem clara e quando se entende o sentido desta, a natureza de A pode ser deixada de lado.

PS: Quem sabe ler inglês, não perca a chance de ler o livro no idioma original. É bem melhor, porque no inglês os substantivos e adjetivos não têm diferença para os gêneros masculinos e femininos. A Galera Record, ao traduzir o livro, fez o A pra ser “ele”. Acredito que a editora poderia ter deixado “ele” quando A estivesse em corpo de homem e “ela” quando A estivesse em corpo de mulher. Mas enfim... Super recomendo o livro.
  
Sem mais delongas, eis a avaliação: Todo Dia, de David Levithan, De 0 a 5, leva 5 bowties (muito merecidas). 
Mais um livro que entrou para a minha lista de favoritos. E, para matar a saudade, aí vai uma das inúmeras quotes que eu marquei: 

“O som das palavras quando são ditas é sempre diferente do som que fazem ao serem ouvidas, porque o falante ouve parte do som do lado de dentro.” 

E você? Leu? Pretende ler? Gostou? Deixe seu comentário contando sua experiência ao ler o livro! Abraços. :D

[Comunicado] Tide of Book is back!!!


Então gente, sei que eu e o Tenth nos ausentamos, mas estou fazendo esse post para avisar que estamos de volta. Quem sentiu falta pode soltar os rojões, porque Tide of Books volta com tudo. YAY! Gostaria de contar com a ajudar de vocês para acompanhar as resenhas, os comunicados, as notícias e as PROMOÇÕES. Sim, isso mesmo, em breve nós faremos algumas promoções. Ah, se vocês puderem divulgar o blog para os seus amigos que são leitores, agradecemos de coração. sz

Nós teremos algumas novidades nesse retorno do blog. A primeira é que o Clube do Livro daqui de Goiânia tem parceria com a Editora Novo Conceito e nós, como parceiros e membros do Clube do Livro, resenharemos alguns livros da Editora. A outra novidade, que na verdade já era um projeto de quando abrimos o blog, é que os Agentes do Tempo estrearão aqui. Sim, nossos colegas leitores irão resenhar alguns livros para o blog.

No mais, aguardem, porque outras novidades estão chegando (um vlog, talvez?). UHUL! É só esperar. Acredito que no próximo mês, Março, haverá promoção. Vai ser Concurso Cultural, pra ser justo com aqueles que têm criatividade.

Vemos-nos no próximo post, Viajantes. Porque voltarei postando uma resenha de um livro muito especial. Até mais e GERONIMO

Beijos e abraços,
Eleventh. sz

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

[Resenha] Maze Runner, Correr ou Morrer - James Dashner

Título: Maze Runner.
Autor: James Smith Dashner.
Número de páginas: 384*/426.
Editora: Delacorte Press*/Vergara & Riba.
Onde comprar: Submarino || Ponto Frio || Americanas

"Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho.



Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo.

Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito. "


Há tempos ouço pessoas falarem sobre esse livro, o quanto era bom e etc. Erroneamente, sempre imaginei que o livro era uma novelização de Blade Runner, e me perguntava porquê tantos comentários espantosos sobre o livro. Depois de ler a sinopse (e descobrir que a única semelhança com Blade Runner é o "Runner" no nome), fiquei realmente interessado na história, e com a sugestão de uma amiga (valeu Mari) fui ler o livro.

Thomas é um garoto que acorda dentro de um elevador sem nenhuma lembrança de sua vida. A única coisa que se lembra é seu nome. Ao ser retirado de lá ele encontra-se em um lugar conhecido por meus "moradores" como Glade (Clareira), um enorme espaço circular cercado por enormes muros de pedras.

Logo de início descobrimos que a clareira é cercada por um enorme labirinto ao qual os gladers (clareanos) buscam sair há mais de dois anos. E qual o perigo disso tudo, você deve estar se perguntando. Fome? Não. Desorganização? Não. Nada de pais? (Isso não é outro livro? No mais não vem ao caso) Monstros sanguinários híbridos? Sim! Durante a noite as paredes localizadas na clareira são fechadas, e enormes monstros mecanizados, os Grievers (Verdugos) aparecem no labirinto.

Ok, tudo então ia bem, todos os dias os Runners (corredores) saíam para o labirinto, os Slashers ("açougueiros") cuidavam dos animais, os Med-jacks (médicos) cuidavam dos que porventura se feriam... e assim por diante; até aparecer uma garota. Mas o que isso tem de mais?, você se pergunta. Em mais de dois anos nunca teve uma garota. Nunca. E é então que o livro fica inlargável (isso existe?).

Algo que me surpreendeu bastante no livro foi o quanto a "sociedade" dos gladers é bem estruturada. Todos vivem em completa harmonia, tudo funciona corretamente, parece até uma sociedade utópica composta por garotos. Eles têm um conselho, os responsáveis pela limpeza, pelo cultivo de alimentos, cuidados dos animais, cozinheiros... Enfim, uma sociedade muito bem estruturada e quase sem conflitos. Bem diferente de Gone, outra distopia bastante semelhante.

Muitas cenas de ação, muitos momentos mindblow, pitadas de ficção científica misturadas à distopia, ações inesperadas, e o melhor: não tem romance meloso! Na verdade, o romance (se é que aquilo pode vir ser um romance) é bem implícito e não interfere em absolutamente nada durante a história. The Maze Runner fica com 5 bowties e com certeza entrou pra minha lista de livros favoritos.

E você? Já leu esse estupendo livro? Não? Porque? Deixe sua opinião nos comentários! Abraços e até mai ver! :D

*Eu li o livro em inglês, por isso o grande número de referências ao nomes originais, a capa da edição norte-americana e os outros itens em "editora" e "número de páginas". Os livros que estiverem com essas indicações foram os que li em outro idioma. Fazendo um adendo, busco sempre colocar a capa da edição a qual li.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

[Resenha] O Exorcista - William Peter Blatty

Título Original: The Exorcist - 40th Anniversary Edition.
Autor: William Peter Blatty.
Número de páginas: 336.
Editora: Agir.
Onde comprar: Saraiva || Cultura

"Nos Estados Unidos da América, algo muito estranho acontece. Atingida por uma doença que os melhores especialistas não conseguem descobrir, uma criança caminha para a morte, semeando a destruição à sua volta, ao mesmo tempo que se vai apagando numa agonia atroz."


Um dia meu professor de filosofia me perguntou se eu já havia lido O Exorcista e, se não, que lesse o mais rápido possível. Um livro em qual o medo chegaria pouco a pouco, até que no final você não conseguiria saber se terminava o livro ou se o jogava fora, segundo ele. Já sabendo da reputação do filme como um dos filmes mais assustadores de todos os tempos - pelo menos segundo os que conheço e que assistiram o filme - e com essa dica, fui com a cara e a coragem e comecei a ler esse livro.

O livro começa com um prólogo bastante estranho relatando as escavações de um padre no norte do Iraque até o ponto onde ele encontra uma estátua de um demônio, Pazuzu, o qual ele havia "lutado" tempos atrás durante um exorcismo na África. Sem avisos, somo então transportados ao Estados Unidos, provavelmente algum tempo depois dessa escavação relatada no prólogo, especificamente ao lar de Chris McNeil, uma famosa atriz em ascensão. A filha de Chris, Regan, começa então a vivenciar alguns acontecimentos estranhos, desde barulhos noturnos até a movimentação de sua cama.

A partir de então a vida de Chris se torna um inferno. Pedindo ajuda a todos os psiquiatras e psicólogos ao seu alcance, e nenhum conseguindo resolver o problema de sua filha, Chris por fim cede a seus "tabus" e chama um padre, Damien Karras, para praticar um exorcismo em sua filha, a qual passa a demonstrar força extrema, atos muito, muito indecentes e a se tornar extremamente sem educação.

Confesso que esperava mais do livro. Apesar de toda a tensão do livro (que realmente se espalha aos poucos, deixando-o mais e mais instigado a saber o que diabos está acontecendo com Regan), não senti nenhuma pontada de medo. Pelo contrário, acabei achando graça em algumas partes (não tão hilárias assim, como a cena em que Regan se masturba com um crucifixo ou na qual ela desce pelas escadas se contorcendo - cenas clássicas do filme). Mas mesmo assim, o livro possui uma história completamente intrigante, com direito a algumas histórias paralelas e até assassinatos (mas nada no estilo Agatha Christie de ser). Por fim, O Exorcista fica com quatro bowties.


"Deus nunca fala. Mas o Diabo continua fazendo propaganda, padre. O Diabo faz um monte de comerciais." 


E você? Já leu o livro? Assistiu o filme? Deixe sua opinião nos comentários! Abraços e até! :D